Ontogênese e Filogênese: o caso da leitura

Discutir os aspectos nefastos e perniciosos da scala naturae é uma das minhas mais diletas atividades. Creio que, se é que posso deixar alguma contribuição na mente dos alunos entre todos os assuntos de biologia que ensino, essa seria a eliminação da scala naturae do nosso modo de pensar e de compreender a evolução. Como me disse certa vez um colega, que recentemente também se enveredou pelos caminhos do magistério, meu livro poderia facilmente se chamar “Por que acho que a scala naturae é um absurdo”. Continuar lendo

O romantismo e a scala naturae

Há certos livros que classificamos como clássicos, e cuja leitura admitimos como obrigatória. Há um ensaio de Jorge Luis Borges em que ele define, de forma nada honrosa, o que torna uma obra um clássico. De qualquer forma, seja o que for o que define um clássico, a segunda metade de meu enunciado parece ser verdadeira: não podemos deixar de ler livros como Crime e castigo, de Dostoievski, O processo, de Kafka, a Divina comédia, de Dante, Admirável mundo novo, de Huxley, Ilíada, de Homero, O vermelho e o negro, de Stendhal, Édipo rei, de Sófocles, Eneida, de Vergilius, Os assassinatos da Rua Morgue, de Allan Poe, e tantos e tantos outros. Entre os chamados clássicos, tenho vergonha – e devo admiti-lo – de nunca ter lido o Quixote de Cervantes, apesar de ter uma excelente edição em minha pequena biblioteca… Continuar lendo